Achados

Segunda- feira procurei um caderno velho com folhas em branco pra que eu pudesse fazer umas anotações, e até hoje eu ainda não havia visto de que ano ele era e nem o que tinha nele em si, estava mesmo empolgada com as folhas em branco.

Hoje pela manhã, quando eu estava estudando as minhas anotações, percebi que o caderno era meio alto por ter algumas folhas soltas dentro dele, e comecei a folhear e achei um texto escrito por mim, parecendo mais com um desabafo.

O mesmo foi escrito após um ano atuando na Fundação, com uma letra feia, com marcar de água, no minimo era choro, me parece que foi escrito dentro do ônibus, coisa feita no momento da dor.

"Não sei se posso me sujeitar a comparar, acho que, o que sinto ainda anda longe de ser um sentimento materno. A grandeza do que sinto é mais do que satisfação própria, é ter prazer em satisfaze- los, ver o sorriso, sentir o brilho de cada olhar, é prazeroso.

Ser professora estar me ensinado muito, estou aprendendo com eles o amor verdadeiro, o amor criado cada um a sua maneira, cada um do seu jeito, com suas dificuldades e diferenças. E é recíproco."

Sinto falta dos pequenos, o que eu vi, senti e vivi lá nunca vai sair da minha mente.

Foi bom ler isso, me renovou, como eles me renovaram me ensinando a dá oportunidade de ter carinho por pessoas que nunca pensei em dar. Ser mais humana, é isso que eles me ensinaram.

Que esse texto sirva de tapa na minha cara sempre!