segunda-feira, setembro 21

Otimização do casal

Hoje já com os nervosos no lugar, resolvi fazer esse respondendo email, que já estava com vontade de fazer, mas decidi faze-lo diferente. Por que? Porque é um assunto que também acontece comigo, e antes de eu expor a vida de alguém aqui com os meus achismo, prefiro expor a minha problemática. Ok?!
Vejo que tem gente reclamando do pouco tempo junto com o seu amor, eu melhor do ninguém pra falar disso.
Pra quem não sabe, o meu gato é da noite e eu sou do dia. Quando eu estou acordando, está em media de duas horas que ele tem ido dormir (ou não).
Os nossos trabalhos e as nossas vidas tem uma conspiração enorme para nos manter distantes. 
No nosso mundo que tem um dia de 24 horas, tirando 8 horas de sono de um, com mais 10 horas de sono de outro, nos resta 6 horas acordados, entre o trabalho de um, descanso, engarrafamento, afazeres domésticos, hora de comer, intervalo, trabalho do outro. 
Isso é a nossa rotina, eu saindo do rojão e ele entrando. 
Nessas 6 horas acordados,em pico, não todo dia, mas de vez em quando rola um oi, palavras de carinho, resoluções de nossos problemas, programações do final de semana, uma gaiatice e outra, mais amor. 
É assim que a gente segue se amando. É todo dia? Não. É quando dá, mesmo!
Uma vez por causa de um texto falando algo sobre isso, entrei em discussão com o primo dele, que trabalha do mesmo jeito que ele, e segue uma vida de horários como a nossa. Ele me disse que eu tinha que ser compreensiva, porque a namorada dele era. Que ela não se importava com nada, que eu tinha que me desapegar do meu namorado se eu quisesse continuar namorando com ele. 
Juro pra vocês, eu li umas 7 vezes pra ter a certeza que não estava lendo errado. 
Eu nunca reclamei do trabalho do meu namorado, quando eu pergunto algo, se ele tá perto ou longe de acabar, é porque quero saber de algo e não porque está me incomodando. 
Na mesma hora eu pensei, muito fácil ser compreensiva morando debaixo do mesmo teto, quero saber se é compreensiva morando em bairros diferentes e relativamente longe. 
Também não quis entrar em questão, por não saber o motivo que ela foi morar lá. Mas logo dei a minha, perguntando quem era ele pra falar de minha compreensão.
Então, para eu não virar Madre Tereza de Calcutá, comecei a pensar em otimizar o nosso tempo. Eu queria está com ele, mas nem sempre posso falar, não posso vê- lo na semana, não posso está com ele no domingo (fudeu, né?), eu comecei a me organizar a semana toda para que eu tenha um sábado a noite (que é o que me restou), em paz com ele. 
Mas para isso acontecer, eu preciso está com o meus serviços de casa em dia, programações com a mamãe em dia, as coisas do meu pai em dia e minha sogra de bom humor. (É fácil?)
Então, nesse único horário sábado a noite disponível, quero está com ele, fazendo o que nós dois gostamos, saídas com amigos as vezes, festas e barzinho quase nunca, sair sem ele NUNCA! 
O tempo que temos para nós que seja nosso. Não abro mão da companhia dele. (só se ele tiver jogando)
Muitas vezes minha cunhada me chama pra ir à praia no domingo cedo da manhã, e eu não vou. Não vou abrir mão de dormir no meu melhor lugar do mundo para ir pra uma praia no qual ele não está.
Se ele tivesse jogando, tudo bem, eu iria, mas ele tá dormindo, então que seja comigo!

O único conselho de verdade que tenho a dá por experiencia própria é: Priorizem vocês, já que o tempo é pouco, não dê ouvidos aos outros e organizem o seus tempos, e qualquer minuto juntos que seja pra se amar e não reclamar. Vai ver que a relação fica saudável!