quarta-feira, julho 16

Geração da Mulher

Hoje li um texto incrível que fala da nossa geração, dessa que vivemos hoje, uma geração que gira em torno da mulher.
É patético falar, mas somos tudo que um homem não quer. 
Somos de uma geração diferente, fomos criadas pra ganhar o mundo e sermos independente. Quantas vezes ouvimos dos nossos pais que não vamos casar pra depender de marido? Eu ouço até hoje!
Fomos projetadas pra estudar, trabalhar, viajar, ter independência financeira, nunca que mandar bem na cozinha, vai dar mérito aos nossos pais como tirar o famoso dez, ou mesmo ganhar pontos com o auto embelezar ou ser a prendada em corte e costura, ganhamos méritos no mundo competitivo.
Aprendemos tudo que os meninos aprenderam, a trabalhar sem medo, a fazer um curriculum, a investir, negociar, praticar esportes, a dirigir, a beber... 
O problema é que ninguém ensinou à esses meninos que nós seriamos iguais a eles, que íamos competir com eles, tirando de dentro deles o machismo de achar que eles são a liderança, e que esse posto ia ser disputado não só com homens e sim com mulheres também. O pior de tudo é que esqueceram de avisar que também teríamos a liberdade, e ter longe de nosso pensamentos a submissão, que quando chegarmos em casa iremos pedir a janta ao invés de fazer, somos o tipo de mulher que os homens desejam?
Acho que não, os homens ainda sonham com as mulheres prendadas que esperam os seus maridos com o jantar na mesa a lhe esperar, ainda querem mulheres delicadas que não falem palavrão, que não tenha fragilidade e dependência deles, que esse nosso modo de ganhar o mundo dirigindo a fora sem medo, assusta! 
Mas não, nós mulheres não pensamos assim, não queremos homens pra serem superiores e nem inferiores, queremos companheiros pra ser igual pra igual, queremos falar do nosso dia cheio de trabalho, mas ao mesmo tempo queremos filhos, queremos sair pra beber com amigas, mas também queremos dormir em cima de seu peito pedindo colo, queremos pedir a janta, mas também queremos preparar algo com carinho para o companheiro, fomos fortes, mas também somos fracas...
Que homem nos entende?
Quantos homens falam com os amigos orgulhosos de o quanto você estuda, trabalha, que você queimou o arroz por ter um dia cheio, mas que isso é só uma fase, ou porque seu pé tem calos por usar sapatos altos e ainda correr o dia inteiro, ou mesmo por não ter tempo pra malhar, afinal tem uma mulher de negócios?
Nunca ouvi isso!
A culpa de tudo isso é da sociedade, que ainda não aprendeu a educar o seu povo, homens e mulheres, ainda ouço sogras exigirem das noras algo que não faz mais parte de sua geração, de pessoas de todos os gêneros achar que um serviço não será bem feito por ser feito por uma mulher, até mesmo em fazer qualquer coisa que não pareça que a mulher seja capaz com aquela historia dela ser o o sexo frágil, eu mesmo sofro com isso todo dia, mesmo com quinze anos trabalhando com a mesma coisas as pessoas ainda acham que não sou capaz de enroscar um parafuso em um óculos, demência? Não, puro preconceito!
Pois eu sou o tipo de mulher que não espero, subo em escada, sei usar o martelo, sei usar ferramentas, sei diferenciar os tipos de parafusos, abro porta de comercio, levanto caixas, troco lampadas, e faço outras coisas mais que não me lembro e tudo sem quebrar as unhas!

Esse texto foi inspirado no de Ruth Manus.